sexta-feira, 29 de maio de 2009

MANIFESTO UNDERGROUND

Três dias sem postar. De fato, esta foi uma semana agitada. Curiosamente, achei que, mesmo com tantas tarefas e ocupações, esta semana demorou para passar. Thank God it’s Friday!

Uma das ocupações que tive foi assistir ao filme Cecil Bem Demente, de John Waters. Peguei o DVD do longa-metragem com a Angélica, alguém muito especial que faz parte do meu seleto grupo de amigos. O filme conta a história de cinéfilos que sequestram uma estrela hollywoodiana para que ela protagonize o primeiro filme desta inusitada equipe de produção, liderada por um jovem que se autodenomina Cecil Bem Demente. Para quem não sabe, o nome do personagem é uma referência a Cecil B. DeMille, prestigiado produtor e diretor de clássicos do cinema americano como Os Dez Mandamentos e Sansão e Dalila.

Num primeiro momento, Cecil Bem Demente parece um filme bobo por ser repleto de gags típicas das comédias pastelões. Entretanto, o filme mostra-se mais do que isso: trata-se de um manifesto bem-humorado do cinema underground contra a indústria cinematográfica de Hollywood. John Waters pertence a um grupo de cineastas posicionados à margem do mainstream hollywoodiano. Na década de 1970, influenciado pelos ideais revolucionários da pop art, de Andy Warhol, Waters foi responsável pela produção de filmes considerados “malditos”. Estes filmes eram relegados às cultuadas “sessões da meia-noite”, longe do circuito comercial. O cinema de guerrilha e protesto protagonizado por Waters é o que motiva o protagonista Cecil Bem Demente, uma espécie de alterego (ou auto paródia) do realizador, gerando um filme que merece ser visto, pensado e debatido.

Por enquanto é só. Deixo vocês com o cartaz do filme e com a recomendação para que assistam ao mesmo quando possível.

3 comentários:

  1. Vi seu post tb sobre os Sopranos, Tony Soprano é o cara! Mas sabe que acho que em muitas vezes a Carmela rouba a cena.... a quarta temporada é dela!

    Bem, o filme, Cecil é uma pérola que geralmente fica escondida nas prateleiras, um dos poucos trabalhos interessantes da Melanie e do Dorf (ele é sofrível em todo resto de sua carreira). O diretor é que é o cara! Merece ser realmente debatido.
    Felipe
    Territórios... (RG)

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  2. Van, me empresta o 24h????

    Beijocas!

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